Fundada no interior de São Paulo há 30 anos, a empresa é referência no mercado de aluguel de equipamentos para pequenas obras e reformas
Fonte: Revista Exame
Fundada há 30 anos pelos engenheiros civis Altino Cristofoletti Junior e Expedito Arena, a Casa do Construtor, empresa paulista de aluguel de equipamentos de construção vive seu melhor momento. Com quase 700 unidades franqueadas pelo Brasil, a rede faturou 834 milhões de reais em 2023, alta de 20%.
Pedreiros, encanadores, eletricistas e marceneiros são os principais clientes da empresa, que trabalha com a locação de equipamentos para a construção civil, pequenas obras, limpeza pesada e jardinagem.A ideia é oferecer equipamentos para todas as fases da obra. Andaime, betoneira, rompedor, e até itens mais leves, como furadeira e serras, podem ser alugados de forma diária, quinzenal ou mensal. O valor é calculado de acordo com o prazo de locação.
Assim como Uber e Airbnb, a Casa do Construtor se beneficiou do boom da economia compartilhada.
“Trabalhamos com aluguel de equipamentos há 30 anos, fomos inovadores e hoje ganhamos escala e visibilidade. O propósito da nossa companhia é ressignificar a posse”, diz o CEO Altino Cristofoletti Junior.
Entre as franquias, o segmento de Casa e Construção é um dos que mais cresceu em 2023, faturando 4,3 bilhões de reais apenas no terceiro trimestre. “Não por acaso, mantivemos nossa expansão de unidades de forma acelerada e planejamos alcançar a marca de 1.000 unidades até o fim de 2025, com faturamento de R$ 1 bilhão”, diz o CEO.
Por trás do sucesso
A pandemia freou muitos negócios, mas esse não foi o caso da Casa do Construtor. Nos últimos três anos a rede de franquias conseguiu digitalizar processos, abrir novas unidades e escalar o negócio. Só em 2021 o crescimento foi de 54%.
“A expansão pelo franchising é um dos nossos grandes diferenciais. Não tem outra empresa de aluguel de equipamentos de pequeno porte nesse mercado”, diz o CEO.
Com o crescimento do número de unidades na rede, foi possível negociar melhores preços e condições de pagamento com os fornecedores – o que atrai mais investidores e torna o negócio mais competitivo.
“Hoje somos o maior comprador desse tipo de equipamento no Brasil e conseguimos negociar preços melhores para os nossos franqueados”, diz Altino.
A rede é composta majoritariamente por multifranqueados. Em 2024, a Casa do Construtor já tem 699 unidades com 200 franqueados. “Isso é reflexo da maturidade do nosso negócio e dos investidores que nos procuram”, diz Altino.
O investimento inicial gira em torno de um milhão de reais e o faturamento médio mensal de cada unidade é de 100 mil reais.
O CEO destaca, porém, que esse investimento garante a compra dos primeiros equipamentos e que o investidor deve desembolsar novos montantes com o crescimento da base de clientes. “Nosso negócio tem capital de investimento intensivo”, diz.
Com a pandemia a Casa do Construtor acelerou seu processo de digitalização. Contratação de pessoas, abertura de lojas e capacitação de pessoas à distância são alguns dos processos que foram otimizados. “Antes o processo de abertura de loja demorava cerca de quatro meses. Hoje fazemos em dois”, diz.
Planos para 2024
Com centenas de unidades no Brasil, a Casa do Construtor deve crescer também fora do país. O processo de internacionalização começou há seis anos, mas tem pouca representatividade no negócio. Com cinco unidades no Paraguai e duas no Uruguai, a Casa do Construtor negocia a abertura de novas unidades no México, Colômbia e Panamá ainda esse ano.
“A maioria dos nossos fornecedores são internacionais. A expansão pela América Latina exige algumas adaptações, mas há muito sinergia”, diz o CEO.
Por aqui, a Casa do Construtor abriu 130 unidades no último ano – um recorde na história da companhia que está entre as 50 maiores franquias do Brasil. A expectativa agora é abrir 150 novas unidades e faturar 980 milhões de reais em 2024 – construindo assim os últimos degraus para alcançar o primeiro bilhão de reais.