As obras de infraestrutura vão movimentar o setor da construção a partir de 2025, tornando o cenário atraente para as empresas de aluguel de equipamentos. Segundo o diretor de planejamento e economia da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Roberto Figueiredo Guimarães, há muito trabalho a ser feito a curto, médio e longo prazos. Por exemplo, somente no setor de transportes e logística, foram investidos em 2024 R$ 63 bilhões, porém o valor necessário é de R$ 264,4 bilhões, ou seja, há um GAP de investimentos de R$ 201,4 bilhões.
A diferença de aporte acontece também nas áreas de telecomunicações e saneamento, onde os investimentos este ano foram de R$ 43 e R$ 34 bilhões, respectivamente, mas a previsão é de R$ 88,9 e R$ 52,7 bilhões.
Segundo os dados da ABDIB, vários projetos do Novo PAC Infra estão sendo estruturados por órgãos como BNDES, Caixa Econômica e órgãos privados, para serem ofertados ao mercado num futuro próximo. São 30 aeroportos, 17 ferrovias, 47 empreendimentos de energia elétrica, 5 de comunicação, 31 de infraestrutura administrativa, 184 de infraestrutura social, 45 em mobilidade urbana, 46 na área portuária, 68 na rodoviária e 25 em saneamento.
Obras rodoviárias
Para o projeto Rodovias Integradas do Paraná – Lote 4, por exemplo, há investimentos estimados de R$ 8,3 bilhões. A obra contemplará a extensão de 628 quilômetros, incluindo trechos das rodovias federais BR-272/ 369/ 376/PR e estaduais PR-182/ 272/ 317/ 323/ 444/ 862/ 897/ 986. Esse lote faz a ligação de Cornélio Procópio a Guaíra, passando pelas cidades de Londrina, Maringá e Umuarama.
O trecho também conecta Maringá a Diamante do Norte, no noroeste do estado do Paraná. Os investimentos abrangem a duplicação de 176 quilômetros de rodovia, implantação de 157 quilômetros de faixas adicionais, 44 de vias marginais, 49 de acostamentos, além da correção de traçado de 2,5 quilômetros de via. Estão previstos, ainda, 59,2 quilômetros de obras de contorno em Itaúna do Sul, norte de Londrina, Nova Londrina e sul de Maringá, além da implantação de 101 interseções em desnível, 1 viaduto, 1 ponte, 33 retornos, 56 passarelas, 50 obras de arte especiais, além de 50,5 km de ciclovias.
Por parte do governo federal os leilões também continuam avançando. O Ministério dos Transportes informou que pretende conceder mais seis rodovias ao setor privado, no segundo semestre de 2025, em modelos de contratos mais ‘enxutos’, que têm sido chamados de ‘inteligentes ou lights’. As estradas em estudo ficam nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.