As dificuldades para contratação de mão de obra para todos os tipos de ocupação e as restrições de crédito para a execução de obras são problemas apontados pelo setor de construção civil, para a ampliação dos investimentos em infraestrutura nos próximos anos. Esses temas aparecem como prioridades no lançamento da agenda legislativa do setor para o ano de 2025. Os cinco temas elencados pelo Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria de Construção Pesada – Infraestrutura) podem ser vistos neste link.
Humberto Rangel, diretor-executivo do sindicato, lembrou que a mão de obra não é um problema apenas do setor de construção, com reclamações generalizadas por diversas áreas da economia. Mudanças sociais que criam novas dinâmicas para o primeiro emprego e o fortalecimento do setor financeiro para cargos de maior nível têm reduzido a procura pelas vagas no setor.
De acordo com ele, há casos de empresas que lançam mil vagas e não conseguem contratar uma fração disso. Será necessário reforçar parcerias com instituições de treinamento, para que seja possível suprir a necessidade de mão de obra que só tende a aumentar. O país ainda está num patamar na casa de 2% do PIB em investimentos em infraestrutura, e o próprio documento aponta a necessidade de chegar a 4,5%.
Falta de linhas de crédito
Os juros altos, segundo Rangel, também são outro fator problemático, porque as empresas de construção civil não têm linhas de crédito específicas. Entre as políticas que são solicitadas está a de criação de um fundo garantidor público para financiar capital de giro na execução de contratos de obras públicas e PPPs (Parcerias Público-Privadas).
A agenda também defende a melhoria do ambiente de negócios com a aprovação de alguns projetos, entre eles o PL 7.063/2017, o novo marco legal de concessões e PPPs, o PL 5.401/2023, que veda o uso de pregão para contratação de obras e serviços de engenharia, e a PEC 1/2021, que garante 70% dos recursos de outorgas usados em infraestrutura.
Fonte: Agência Infra