Quando o mercado da construção está em crise, a locação de máquinas é a melhor solução. E quando está aquecido, ela continua sendo a melhor alternativa. Essa é a máxima utilizada pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Eurimilson Daniel, para ressaltar a importância da atividade do rental. E sua fala não foi diferente na apresentação do Radar Tendências, evento transmitido nesta quinta-feira, 24 de julho, para atualização do Estudo Sobratema do Mercado de Equipamentos de Construção. Confira aqui na íntegra.
“Com a taxa de juros elevada, há uma preferência para a locação de equipamentos utilizados em obras ou para atividades de mineração e agronegócio. Com isso, no ano passado, houve um leve crescimento neste mercado, o que estimula os investimentos por parte dos locadores, seja para a renovação ou para ampliação da frota, a fim de atender a demanda dos clientes. Isso significa que o volume de máquinas comercializadas para a área de rental está em elevação, contribuindo para o resultado geral das vendas”, explica Daniel.
A maior oferta pelo setor de locação é importante, mas tem um viés a ser considerado que é a maior pressão nos valores das máquinas, que exige uma visão estratégica pelos locadores no momento de planejar seus investimentos. Segundo o vice-presidente da Sobratema, é preciso analisar os equipamentos que dão mais rentabilidade ao longo do seu ciclo de vida, entender o momento do mercado, quais as linhas de produto utilizadas em cada região e quais são as máquinas mais aplicadas por segmento, por exemplo.
Mesmo assim, o vice-presidente da Sobratema, pondera que a busca das empresas por mecanização, qualidade, disponibilidade e custo mais competitivo têm aberto novas oportunidades para os locadores. “Há muitos benefícios para os usuários de equipamentos com a locação, por isso as empresas do rental têm procurado se posicionar de forma estratégica, valorizando sua frota”, acrescenta.
O Radar Tendências teve também como debatedores Alberto Silva, CEO do Grupo Lafaete, e do economista Fernando Garcia de Freitas, sócio-diretor da Ex Ante Consultoria Econômica. Mario Miranda, coordenador do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção e Mineração, foi o responsável por introduzir as informações e os dados da publicação.
Vendas da Linha Amarela têm queda de 2%
Após a revisão do estudo divulgado em novembro de 2024, Mario Miranda apresentou as estimativas de vendas de equipamentos para o ano de 2025. Na previsão, a Linha Amarela deve registrar uma queda de 2% e fechar o ano com 35.835 unidades comercializadas, ante as 36.650 unidades computadas no ano passado. A estimativa de queda é de -3% para retroescavadeiras (10.730 unidades vendidas), -9% para pás-carregadeiras (5.480 unidades vendidas), -20% para minicarregadeiras (1.620 unidades vendidas), e -2% para mini escavadeiras (2.450 unidades vendidas). As escavadeiras hidráulicas, por sua vez, devem apresentar um crescimento de +15%, com 9.450 unidades vendidas.
Na categoria ‘Demais Equipamentos’, as vendas de compressores portáteis devem cair, segundo o estudo, -18% (550 unidades vendidas), as de plataformas elevatórias -1% (5.050 unidades vendidas), e as de guindastes -8% (237 unidades vendidas).