Você deve priorizar um bom custo/ benefício, além de condicionar sua escolha às condições de aplicação da frota de equipamentos
Resistência elevada, maior área de contato com o solo e profundidade dos sulcos. Os pneus fora-de-estrada, também conhecidos como OTR (off the road), são adaptados para trafegar em terrenos difíceis e percurso acidentado. Mas para você economizar e fazer uma compra correta de pneus para equipamentos, é importante considerar alguns pontos, escolhendo modelos com características apropriadas para atender às necessidades da sua frota.
Além de proporcionar bom custo/ benefício, a escolha adequada garante o desempenho projetado para as máquinas, evitando desajustes, patinagem, consumo elevado de combustível, redução de desempenho, além de danos mecânicos.
Para te ajudar a escolher os modelos corretos de pneus para equipamentos de construção, mineração e agrícolas, veja algumas dicas úteis para facilitar sua compra:
1) Observe a medida do pneu e seu tipo de uso. Eles podem ser do tipo radial, com sulcos profundos e desenho em blocos robustos; ou diagonal, com banda de rodagem em maior profundidade e reforço no costado. Os pneus radiais são mais fortes, construídos com uma rede de cordas de aço, possibilitando que os equipamentos sejam operados com capacidade mais elevada. Contudo, sob cargas pesadas, sua parede lateral é mais vulnerável a colisões.
Os pneus diagonais, por sua vez, são constituídos por camadas de tecido revestidas com borracha em ângulos opostos, formando um padrão cruzado à aplicação da banda de rodagem. Essa característica possibilita percursos suaves em terrenos difíceis, propicia conforto ao operador e melhora a capacidade de o equipamento suportar cargas elevadas. Por outro lado, têm desgaste acelerado, estão mais expostos ao superaquecimento e não são apropriados para altas velocidades.
2) Considere o tipo de ambiente onde o equipamento irá trabalhar. Os pneus OTR são projetados para suportar o peso da carga e do veículo; atender às velocidades conforme as condições estabelecidas no manual de operações da máquina; ter capacidade de trafegar em diferentes superfícies; além de ter robustez e durabilidade.
3) Obedeça às medidas de pneus detalhadas pelo fabricante da máquina. Para cada modelo existem diferentes configurações diferentes, e no caso de pneus para retroescavadeiras e tratores agrícolas, para cada especificação de pneu dianteiro há uma variedade de pneus traseiros correspondente. Por isso, você precisa sempre observar a medida do pneu e sua aplicação.
4) A durabilidade dos pneus OTR dificilmente pode ser estipulada com precisão, devido às diferentes variáveis a que são expostos e interferem em sua depreciação. Os pneus de pá-carregadeira que trabalhe diariamente em terraplenagem ou porto de areia provavelmente terão menos desgaste, quando comparados aos de uma máquina similar em operação no carregamento de minérios ou agregados.
5) Busque a solução correta para sua frota. Os pneumáticos são decisivos para melhorar ou piorar a produtividade e o consumo dos seus equipamentos, tudo depende da sua escolha. No momento da compra, você deve explicar o tipo de aplicação da sua frota e o vendedor deve conhecer o seu negócio e fazer um diagnóstico para apresentar um portfólio adequado de produtos. Nesse quesito, a Gripmaster dedica toda atenção necessária ao cliente, oferecendo soluções sob medida para atender às demandas do seu negócio.
Longevidade além da expectativa
Para possibilitar que os pneus OTR tenham uma durabilidade superior à tradicionalmente conhecida, algumas empresas oferecem sistemas de preenchimento para que eles continuem rodando mesmo com furos ou cortes na carcaça. A Gripmaster, por exemplo, lançou no Brasil a tecnologia 3S, no qual o ar do pneu é substituído por um polímero de alta consistência e características elásticas, que permite absorção de impactos e deformações sem rupturas do produto.
“Dessa forma, a longevidade do pneumático se torna um ganho expressivo, com a eliminação de paradas de manutenção ou calibragem dos pneus das máquinas, além de acabar com os problemas de esvaziamento e explosão decorrentes de furo ou rasgo”, explica Bernardo Bissolotti, gerente de serviços da Gripmaster. Ele conta que o 3S ajuda a reduzir os custos com pneus em 16%, e em 56% o descarte de carcaças ao meio ambiente.
Por sua vez, a Tecpolimer fornece produtos para preenchimento de pneus produzidos pela empresa no Brasil desde os anos de 1990. “O material é formulado sob medida para aplicações específicas, injetado em estado líquido no pneu, preenchendo-o completamente e o ar é drenado. A resina, por sua vez, continua sendo injetada para dar maior pressão ao pneu”, descreve Ciro Nogueira, diretor técnico da Tecpolimer.
Assim, um pneu de 50 psi é calibrado com o líquido a 50 psi. Após 48 horas, o material reage e forma uma borracha macia e pressurizada, possibilitando um pneumático com lonas e carcaça pressurizada que sustenta a carga. “O pneu com preenchimento de elastômero acaba sendo bem mais macio que um maciço, por isso esse sistema é adequado tanto para pneus pequenos até os de caminhões de mineração”, informa Nogueira.
Outro produto é o Softgel, um pneu maciço na cor laranja feito com um elastômero com maior resistência a cortes que os pneus de borracha. Com isso, também é possível aumentar a vida útil das rodas. Uma aplicação comum desse produto, segundo Nogueira, é em plataformas de trabalho aéreo. O custo para se adquirir é praticamente o dobro de um pneu de borracha, porém possui durabilidade três a quatro vezes maior.